As Terras onde se encontra a Fazenda São Luiz pertenciam a uma sesmaria conhecida com o nome de Lageado ou Dois Irmãos. Foi adquirida no final do sec. 18 ou inicio do século 19 por Luiz Antonio de Souza Diniz e sua esposa Anna Claudina Diniz Junqueira, eram 70.000 alqueires de terra.
Parte desta terra coube por herança a um neto do casal, Luiz Antonio Junqueira, filho de uma filha que morreu prematuramente. Este neto foi criado pelos avós e por isso foi privilegiado na herança. Tornou-se muito conhecido na região pois desbravou os sertões, era grande proprietário de terras e plantou muito café, o município onde se localiza a fazenda chama-se Luiz Antonio em sua homenagem.
A Fazenda São Luiz foi aberta por João Melchiades Junqueira, também conhecido por João Netto, por volta do ano de 1890.
João Melchiades era o filho mais velho do Cel Luiz Antonio Junqueira. Quando chegou na idade adulta, o pai lhe entregou esta gleba de terra para que abrisse uma fazenda. A terra ainda mantinha-se virgem e intacta. Isto exigiu muita determinação, as terras estavam cobertas de florestas e ele teve que limpar o terreno, plantar o café e construir todas as benfeitorias, numa época com poucos recursos. Em 1893 se casou com sua prima, Maria Augusta, e a partir dai teve sua esposa como aliada e companheira na formação da fazenda. A ultima casa a ser construída foi a sede definitiva, uma casa ampla e confortável, isto ocorreu em 1911.
Em 1911 chegou a estrada de ferro, o café passou a ser escoado por aí. Foi construído o ramal Jatay da Estrada de Ferro Mogiana, para servir a região. Era a estação Gironda que atendia a fazenda. Provavelmente o terreno para a construção da estação foi doado por João Melchiades. Mais informações sobre a estação e o ramal: http://www.estacoesferroviarias.com.br/g/gironda.htm
Dai em diante muita gente passou a chamar de Gironda a Fazenda São Luiz.
João Melchiades faleceu em 1929, deixando a fazenda para a viúva e para a única filha do casal, Iracema, que nesta época já era casada com Lincoln de Azevedo.
Por um período a propriedade foi uma sociedade de Maria Augusta & Genro.
Em 1943, Lincoln e Iracema já únicos proprietários, cansados da lida, decidiram se associar ao seu genro, marido da filha caçula, mantiveram a sociedade até 1945 quando efetuaram a venda por completa da fazenda para o referido genro, José Villela de Andrade Junior e sua esposa Maria Regina, que se tornaram proprietários da fazenda.
Dr. José Villela administrou a fazenda até sua morte no ano 2000, quando a fazenda passou por herança à sua filha Cecilia Villela de Andrade Teixeira de Barros.
A Fazenda passou por diversos ciclos, no começo a atividade única era o café, tinham algumas vacas só para fornecer leite para o próprio consumo. Na administração do Sr. Lincoln foi introduzida a criação de gado, tanto para o leite como para o corte. Durante muitos anos a atividade leiteira teve grande importância para a fazenda e o café também persistia.
Foi de suma importância para a fazenda a introdução da cana de açúcar que tornou-se uma atividade quase única na região. A partir de 1978 foi feita uma parceria com a Usina Moreno que permanece até hoje.
O café foi completamente erradicado somente na década de 90 e o leite comercial no ano 2013.
Desde 2006 a fazenda tem uma criação de gado Nelore PO, já reconhecida e respeitada no meio.
Além de tudo isto também tem uma criação de ovinos da raça Hampshire Down que originalmente era apenas para o consumo mas já faz algum tempo vem sendo também uma fonte de renda para a propriedade.
É um orgulho para a fazenda ter sido sempre referencia de lugar bom de se trabalhar, onde os funcionários sempre foram respeitados e reconhecidos onde sempre reinou um clima de confiança e satisfação. É nossa meta honrar esta tradição e dar continuidade ao trabalho sério e competente que vem sendo realizado a muitos anos e por 8 gerações da mesma família.
Hoje a fazenda continua nas mãos de D. Cecilia tendo como grande colaborador seu filho José Roberto.